Aluno de biologia da UFPA, bolsista do Instituto Evandro Chagas e estagiário do Laboratório de Neuroendócrinologia

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Uma Falsa Polêmica

Tenho recebido comentários sobre o que considero uma falsa polêmica acerca das políticas de ingresso da juventude no mercado de trabalho. Polêmicas, inclusive, com a minha proposta de criar uma política para inserir concluintes do PROJOVEM no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, criar condições para que eles continuem os estudos.

Essa proposta nada tem a ver com prorrogar ou não o tempo em que o/a jovem entra no mercado de trabalho. Ora, o PROJOVEM atende jovens de até 29 anos que não completaram o ensino fundamental e fornece, alem do ensino médio, o aprendizado de uma profissão. A não ser que alguém defenda que o indivídou só entre no mercado de trabalho após os 29 anos essa polêmica com a minha proposta é absurda!

Se a questão fosse de como e quando deveria o jovem entrar no mercado de trabalho o debate não deveria entrar em contradição com a mais óbvia consequencia do PROJOVEM. Se alguém se matrícula no PROJOVEM é porque procura um aumento em seu nível de escolaridade e uma oportunidade de se profissionalizar para entrar em melhores condições no mercado de trabalho. Assim essa política permite a escolha entre dois horizontes: 1) permanecer nos estudos: concluir o ensino médio e quem sabe entrar numa universidade e, 2) entrar no mercado de trabalho. As duas opções não são contraditórias e podem ser simultâneas.

Essa escolha deve partir do jovem concluinte do programa, mas o Estado tem um dever de viabilizar da melhor forma possível uma ou outra alternativa, senão as duas. Sobre a questão do momento certo da juventude ingressar no mercado de trabalho, escrevo um post a seguir.

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